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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Alemães lideram comércio europeu de plantas medicinais

Mais do que em qualquer outro país europeu, são usadas na Alemanha, anualmente, 45 mil toneladas de plantas medicinais. Isto acarreta, no entanto, um problema para a proteção das espécies.

 

Nos últimos anos, médicos e pacientes alemães preferem, cada vez mais, medicamentos à base de plantas medicinais. Nas farmácias, cerca de três quartos dos clientes optam por remédios naturais quando compram medicamentos que não necessitam de receita médica.
Em 2006, produtos da assim chamada fitofarmacologia no valor de 2 bilhões de euros foram vendidos pelas farmácias – quase um terço da receita total dos medicamentos sem prescrição médica. A demanda por plantas medicinais é, respectivamente, bastante alta: por suas folhas, flores, caules, raízes e sementes.
Maior consumidor da Europa
Folha de tomilho é usada como planta medicinalBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Folha de tomilho é usada como planta medicinalA Pharma Wernigerode, uma das maiores empresas farmacêuticas do Leste alemão, emprega mais de uma dezena de plantas medicinais, dentre as quais, a cada ano, cinco toneladas de camomila e uma tonelada de folhas de tomilho.
Ao todo, são empregadas anualmente 45 mil toneladas de plantas medicinais na Alemanha – o líder em consumo de ervas e plantas medicinais da Europa.
Segundo o Departamento Federal de Proteção à Natureza (BfN), são comercializadas, seja em grandes ou em pequenas quantidades, cerca de 1,5 mil diferentes espécies de plantas medicinais no país. "Internacionalmente, somos o terceiro importador e exportador mundial", afirma Uwe Schippmann, ativista do meio ambiente do BfN. "A Alemanha é realmente um centro de transbordo", acrescenta.
150 espécies ameaçadas na Europa
Empresa usa toneladas de camomilaBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Empresa usa toneladas de camomilaPor esta razão, quando se trata da proteção às plantas medicinais, Schippmann vê uma responsabilidade especial da Alemanha, pois a natureza como farmácia ameaça encolher.
Mundialmente, a coleta excessiva e o comércio descontrolado põem em risco os efetivos de 4 mil espécies de plantas medicinais. Na Europa, cerca de 150 espécies estão ameaçadas de extinção.
Enquanto prímula e drósera estão sob rígida proteção na Alemanha, elas são coletadas para comercialização no Sudeste da Europa e na Espanha. Reservas inteiras ameaçam ser dizimadas.
Já há cerca de dez anos, o BfN trabalha junto com o WWF, antes cconhecido como Fundo Mundial para a Natureza, num conceito amplo para a preservação de plantas e ervas medicinais. Segundo Schippmann, a produção industrial não seria alternativa, pois a domesticação da maioria destas plantas é extremamente difícil ou praticamente impossível. Sustentável também não é, explica o ativista.
Cultivo ameaça coletores na Namíbia
Garra-do-diabo é usada contra reumatismoBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Garra-do-diabo é usada contra reumatismoPor exemplo, a garra-do-diabo da Namíbia, usada no tratamento do reumatismo, é coletada pela população dos bosquímanos San. O ativista do BfN afirma que cerca de 10 mil famílias San dependem desta coleta.
Se o difícil cultivo da garra-do-diabo funcionasse, uma série de produtores comerciais namibianos lucraria, mas as 10 mil famílias envolvidas na coleta estariam fora do negócio, explica Schippmann.
Mais eficaz seria controlar a coleta silvestre no próprio local e atuar de forma que só seja tirada da natureza uma quantidade que possa crescer novamente. Que isto funciona é comprovado, há anos, pelo mais importante fornecedor alemão de plantas medicinais, a empresa Martin Bauer.
Na Namíbia, a companhia ensina os coletores da garra-do-diabo a explorá-la respeitando as reservas. Para garantir a regeneração da planta, são estabelecidas, anualmente, áreas de exploração limitadas – fato estimado pelos clientes, entre eles, a Pharma Wernigerode, afirma Helmut Burckhardt, chefe do controle de qualidade da empresa.
 
Lydia Heller (ca) 

Fonte: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3113321,00.html 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Como fazer Tintura-Mãe



As tinturas-mãe são definidas como preparações líquidas resultantes da ação dissolvente de um veículo alcoólico sobre drogas de origem vegetal ou animal.
As tinturas-mãe de drogas vegetais são obtidas pela maceração em álcool de diferentes títulos, da planta fresca, da planta fresca estabilizada ou, raramente, da planta seca.
Correspondem a 1/10 de seu peso em droga desidratada, com algumas exceções como a calêndula e o mirtilo que correspondem a 1/20.
O título alcoólico das tinturas-mãe são geralmente de 45º ± 5 como é o caso da camomila e da aveia, ou de 65º ± 5, como é o caso da calêndula e da noz-vômica. Esse é o padrão farmacêutico. Em casa, para seu uso você pode fazer com alcool de cereais a 60% (Você compra alcool DE CEREAIS e dilui na proporção 60% alcool e 40% agua potável - com isso vai ter o alcool a 60% - o ideal seria ter um alcoometro para medir, mas isso só se você fizer em grande quantidade, ou com o tempo quiser aprimorar sua técnica)
Para a preparação das tinturas-mãe devem ser observados alguns cuidados na hora da colheita, levando-se em consideração a parte da planta a ser utilizada. Por exemplo, no caso das folhas, deve-se colher após o seu desenvolvimento completo, antes da floração. Ou seja a erva tem que ser sempre de excelente procedência. Se for usar plantas frescas, colhidas por você, limpe com cuidado, rasure o melhor que puder (pique em pedaços), porque quanto mais rasurado, maior o contato do alcool e melhor o resultado final. Se for comprar erva seca, compre sempre pacotes fechados, com data de validade.
Para suas primeiras experiências use 50% de erva e 50% de alcool (peso/volume). Ou seja você rasura bem a erva, e cobre-a totalmente com o alcool a 60%, veda bem o vidro (que deverá ser Âmbar) e deixa em ambiente escuro, por 30 dias. Após esse tempo, você filtra e poderá usar. Experimente com plantas fáceis de testar o resultado. Quebra pedra, guaçatonga, barbatimão, flores de calêndula
A tintura pronta tem que estar isenta de contaminantes vísiveis (fungo, pelos, etc), ter aspecto agradável, odor caracteristico (não pode ter "cheiro ruim") e cor compatível com a erva. Ex. barbatimão apresenta tintura de apecto vinho-avermelhado, quebrapedra é de verde intenso, calêndula amarelo escuro. Por exemplo a tintura de calendula pode ser adicionada a cremes e usado como hidratante. Barbatimão e guaçatonga são excelentes como bactericidas em gargarejos (10 gotas de tintura em 1/2 copo de agua), quebra pedra é bom diurético (20 gotas em 1/2 copo de agua 2x dia).

Esquema 2:

Você vai precisar de:
  • Erva Seca
  • Álcool Cereal
  • Proveta
  • 2 Vidros (Tipo de Azeitona, a tampa não pode ser de plástico)
  • Etiquetas
  • Vidro Âmbar
Para esterilizar os vidros.
Ferver por 15 minutos, enquanto ferve os vidros, ligar o forno e deixá-lo bem quente. Após ferver os vidros, colocá-los sobre um pano de prato (este pano deve ser de uso exclusivo para Fitoterapia) dentro de uma forma, com a boca virada para baixo. Levar para o forno desligado e quente, tirar e fechar o vidro quando o forno esfriar.

Etiquetar os Vidros:
01 com o nome da Erva concentração 30%
01 com o nome da Erva concentração 70%

Preparar o Álcool: Exemplo para 2 litros de Tintura.

70%

700 ml de álcool cereal
300 ml de água Mineral ou filtrada.

30%
300 ml de álcool cereal
700 ml de água Mineral ou filtrada.
1ª Etapa:

Colocar 1/5 de erva seca no vidro com etiqueta 30% e completar o vidro com o álcool 30%.
Colocar 1/5 de erva seca no vidro com etiqueta 70% e completar o vidro com o álcool 70%.
Deixar em maceração por 6 dias no escuro. Não deixar passar muita luz, pode guardar os vidros em sacos de pão, dentro de um armário.
2ª Etapa:
Separa o líquido do bagaço.
3ª Etapa:
Colocar o líquido de 30% no bagaço de 70% e o 70% no bagaço de 30%.
4ª Etapa:

Juntar os dois líquidos e dividir nos bagaços.

5ª Etapa:

Deixar macerar por mais 8 dias. No escuro novamente.


6ª Etapa:

Coar e guardar em vidros âmbar ( esterelizado) longe da luz. Depois de pronto, 2 anos de validade.

Atenção: Não deixar passar mais de 25 dias da 1ª a 6ª Etapa. Após 25 dias começa a ação enzimática. Da 2ª a 4ª Etapa não precisa macerar.

Fonte:http://desconstruindoarazao.blogspot.com/2009/06/fazendo-tintura-mae.html

Receitas com Plantas Medicinais

 Leia também: Como fazer Tintura-Mãe

Chás compostos
Anti-diabétes melão-de-são-caetano, carqueja, abacate,
jambolão, cajueiro e pata-de-vaca
Anti-celulite e varizes centelha, cavalinha, alcachofra e ginco-biloba
Anti-reumático chapéu-de-couro, alfafa, alecrim, salsaparrilha e taiuiá
Anti-hemorróidas alecrim, sene, cana-da-índia e cáscara sagrada
Calmante macela, erva-cidreira, camomila, melissa,
maracujá, capim limão e valeriana.
Depurativo chapéu-de-couro, cavalinha, alfafa e carobinha
Diurético bardana, dente-de-leão, abacateiro, chapéu-de-couro,
cavalinha e cipó-cabeludo
Digestivo macela, erva-cidreira, capim limão, carqueja, boldo e
alcachofra
Emagrecedor carqueja, boldo, cavalinha e cáscara-sagrada
Energético catuaba, guaraná, ginseng, pfáfia, alfafa e marapuama
Gastrite zedoária, espinheira-santa, camomila e guaçatonga
Hepático boldo, espinheira-santa, carqueja, hortelã e dente-de-leão.
Laxante dente-de-leão, carqueja, sene, erva-doce e jalapa

* Os chás devem ser feitos na forma de infusão, ou seja, despeja-se a água a uma temperatura de mais ou menos 90ºC sobre as partes da planta.
* As medidas são variáveis de uma planta para outra geralmente usa-se 5 g de planta seca para uma xícara de água ou 15 g da planta verde para a mesma medidade de água.

Como desidratar as plantas

Como desidratar
* A planta deve ser lavada em água corrente.
* A planta deve ser colocada sobre papel limpo ou papelão para ser desidratada, o local deve ser protegido da insolação e da poluição.
* A planta estará completamente desidratada quando estiver quebradiça e com a coloração esverdeada.
Como transformar em pó * Após desidratada a planta pode ser moída em liquidificador ou em pilão, até virar pó.
* Então pode-se passar em uma peneira para retirar partículas maiores.

Como fazer tinturas

Tintura

Álcool de cereais + água destilada * Mistura-se 700 ml de álcool de cereais com 300 ml de água destilada, ou na relaçãode 70% de álcool com 30% de água.
* Acrescenta-se 100 g ou 10% da erva desidratada à solução.
Armazenamento e uso * Colocar a mistura em vidros grandes de cor âmbar ou cobrir com papel de pão.
* Colocar rótulo informando a data da mistura e as ervas que foram utilizadas.
* Deixar o vidro em local escuro e com temperatura ambiente por um período de 8 a 15 dias, agitando de uma a duas vezes ao dia.
* Depois de curtir em álcool, deve-se filtrar a solução e colocá-la em vidros menores,de preferência em conta gotas.
* Usar 45 gotas dividido em três vezes ao dia em um copo de água.



Como fazer pomadas

Matéria prima

Vaselina sólida ou
sebo de carneiro ou sebo bovino * Derrete-se a vaselina em banho-maria e em seguida acrescenta-se o pó da planta.
* Deixe a mistura no fogo baixo por pelo menos dez minutos.
* Pode-se usar a pomada desta forma ou coar a mistura.
* Em uma hora a pomada está pronta.

* Outra opção é fazer uma tintura alcoólica com o pó (colocar álcool apenas até cobrir o pó), deixar curtir por dois dias e em seguida peneirar, e acrescentara solução na vaselina derretida até derreter bem e em seguida deixar esfriar.


Cuidados com a manipulação das ervas medicinais

Colheita e seleção
* A colheita das plantas deve ser realizada nas horas menos quentes do dia.
* Retira-se as partes que serão utilizadas com tesoura ou faca de inox.
* Deve-se selecionar, retirando-se as partes danificadas por insetos, ou doenças, ou com sintomasde deficiência.
* Deve-se retirar todos os contaminantes, como: larvas e ovos de insetos, pedras, restos de outras plantas,etc.
Lavagem * Coloca-se uma colher de sopa de água sanitária (ou vinagre) para cada litro de água,deixando as partes da planta nesta soluçãopordez minutos.
* Em seguida lava-se as partes das plantas em água corrente.
Secagem e armazenamento * As plantas devem ser desidratadas sobre panos limpos, guardanapos de papel ou papelão para que a umidade seja absorvida.
* Também podem ser desidratadas em forno de microondas ou em desidratador próprio para vegtais.
* Podem ser secas também, amarradas em feixes e penduradas em varal, à sombra.
* As plantas não devem ser secas sob o sol, pois a ação dos raios solares destroem o princípio ativo dos vegtais.
* Ao armazenar as plantas desidratadas em sacos de polietileno ou vidros, dev-se adicionar uma ou duasgotasde clorofoórmio para eliminar possíveiscontaminações por insetos.

Como fazer sabonetes

Sabonete de enxofre
* 200g de sabão de côco, 10 gde enxofre em pó.
* Derreter o sabão em banho maria, acresecentar o enxofre em pó, mexer bem até misturar.
* Colocar na forma e esperar esfriar.
Sabonete de glicerina * 200 g de sabão base de glicerina, 10 gotas de própolis.
* Derreter o sabão em banho maria, acresecentar o própolis em gotas, mexer bem até misturar.
* Colocar na forma e esperar esfriar.

Fonte: http://curaplantas.br.tripod.com/curaplantas/id2.html

segunda-feira, 18 de abril de 2011

VITAMINAS E SAIS MINERAIS

VITAMINA
FUNÇÃO
SUA FALTA PROVOCA
FONTES
A
Atua sobre a pele, a retina dos olhos e as mucosas; aumenta a resistência aos agentes infecciosos.
Problemas de pele; atraso no crescimento; perda de peso; perturbações na vista.
Manteiga, leite, gema de ovo, fígado, espinafre, chicória, tomate, mamão, batata, cará, abóbora.
B1 ou tiamina
Auxilia no metabolismo dos carboidratos; favorece a absorção de oxigênio pelo cérebro; equilibra o sistema nervoso e assegura o crescimento normal.
Perda de peso; beribéri; nervosismo; fraqueza muscular; distúrbios cardiovasculares.
Carne de porco, cereais integrais, nozes, lentilha, soja, gema de ovos.
 
B2 ou riboflavina
Conserva os tecidos, principalmente os do globo ocular.
Dermatite seborréica; lesões nas mucosas, principalmente nos lábios e narinas; fotofobia.
Fígado,rim, lêvedo de cerveja, espinafre, berinjela.
B6 ou piridoxina
Permite a assimilação das proteínas e das gorduras.
Dermatite; inflamação da pele e das mucosas .
Carnes de boi e porco, fígado, cereais integrais, batata, banana.
B12 ou cobalamina
Colabora na formação dos glóbulos vermelhos e na síntese do ácido nucléico .
Anemia; irratibilidade; distúrbios gástricos; depressão nervosa.
Fígado e rim de boi, ostra, ovo, peixe, aveia.
C ou ácido ascórbico
Conserva os vasos sanguíneos e os tecidos, ajuda na absorção do ferro; aumenta a resistência a infecções; favorece a cicatrização e o crescimento normal dos ossos.
Escorbuto; problemas nas gengivas e na pele.
Limão, laranja, abacaxi, mamão, goiaba, caju, alface, agrião, tomate,cenoura,pimentão, nabo, espinafre.
D
Fixa o cálcio e o fósforo em dentes e ossos e é muito importante para crianças, gestantes e mães que amamentam.
Raquitismo; cáries; descalcificação.
Óleo de fígado de peixes, leite, manteiga, gema de ovo, raio de sol.
E
Antioxidante; favorece o metabolismo muscular e auxilia a fertilidade.
 
Germe de trigo, nozes, carnes, amendoim, óleo, gema de ovo.
H ou biotina
Funciona no metabolismo das proteínas e dos carboidratos.
Depressão; sonolência; dores musculares; anorexia; descamação da pele.
Fígado e rim de boi, gema de ovo, batata, banana, amendoim.
K
Essencial para que o organismo produza protombrina, uma substância indispensável para a coagulação do sangue.
Aumento no tempo de coagulação do sangue; hemorragia.
Fígado, verdura, ovo.
Ácido fólico
Atua na formação dos glóbulos vermelhos.
Anemia; alteração na medula óssea; distúrbios intestinais; lesões nas mucosas.
Carnes, fígado, leguminosas, vegetais de folhas escuras, banana, melão.
PP ou niacina (ácido nicotínico)
Possibilita o metabolismo das gorduras e carboidratos.
Pelagra
Levedo, fígado, rim, coração, ovo, cereais integrais.
Ácido pantotênico
Auxilia o metabolismo em geral.
Fadiga; fraqueza muscular; perturbações nervosas; anorexia; diminuição da pressão sanguínea.
Fígado, rim, gema de ovo, carnes, brócolis, trigo integral, batata.
Ácido paraminobenzóico
Estimula o crescimento dos cabelos.
 
Carnes, fígado, leguminosas, vegetais de folhas escuras.
Colina
Auxilia no crescimento.
Problemas renais.
Gema de ovo, soja, miolo, fígado, rim.
Inositol
Age no metabolismo do colesterol.
Diminuição do crescimento.
Existe em todas as células animais e vegetais.

PLANTAS MEDICINAIS: ALGUMAS PLANTAS E SUAS FUNÇÕES



Alcachofra
ALCACHOFRAArtemisia alba: contém muito ferro e cálcio. Repõe os sais  minerais do organismo. Usam-se as folhas da base da planta. O chá é tônico, diurético, preventivo e curativo das afecções do fígado, da bílis estômago, rins e bexiga. Útil nos casos de diabetes, colesterol elevado. Arteriosclerose, tireóide, hipertensão, asma afecções dos pulmões e doenças de pele. Evitar o chá na lactação.
ARRUDARuta graveolens: a arruda contém propriedades tóxicas. Evitar na gravidez. É normalizadora do ciclo menstrual. Boa para dor de cabeça, dor de dente e de ouvido (amassar um galhinho com um pouco d’água, ou um chumaço de algodão junto ao ouvido ou no dente). Também para gases, incontinência da urina, fraqueza dos vasos sangüíneos, calmante e como antiinfecciosa. Para ressacas, embriaguês e indigestão.
ALECRIM - Rosmarinusofficinalis: toma-se o  chá das folhas para clorose, inapetência, histeria, nervosismo, indigestão, tosses, bronquites e asma. Provoca suor, é depurativo do sangue, tônico para o coração e anti-reumático, é usado também para banhos de pele e do cabelo e para caspa.
BABOSAAloe vera: toma-se em jejum durante uma semana para males do fígado, icterícia, prisão de ventre, bílis e estômago. O sumo triturado com mel é usado para bronquites e certos tipos de câncer. O uso interno deve ser evitado para gestantes, por quem sofre dos ovários, bexiga, hemorróidas e rins. Usa-se o líquido externamente para reumatismo, varizes, hemorróidas , doenças da pele, tumores, queimaduras e para prevenir rugas e flacidez. Embeleza e fortalece o cabelo, evitando a queda e a caspa.
BARDANAArctium lappa: é depurativo e diurético. Serve para bronquite, cachumba, cálculos biliares e da bexiga, cólicas hepáticas, gastrite, pólipos. O chá da raiz é usado em intoxicações, afecções internas, afecções da pele, dermatoses, furúnculos. Lavar o couro cabeludo evita a queda e revitaliza os cabelos. Com a folha aquecida e banha se faz compressas para reumatismos, eczemas e feridas.
BOLDO:  Falso boldoColeeus barbatus: o chá das folhas é usado para problemas digestivos, do fígado, estômago, intestino e azia. Serve para curar a ressaca por excesso de bebida. Aplicado externamente também combate o reumatismo, a hidropsia e problemas de pele. Boldo-graudoVernonia condensata: o chá de uma ou duas folhas por xícara, em decocção ou infusão se usa para distúrbios do fígado, para bílis, vesícula, contra dores de cabeça e ressacas alcoólicas.
CAATINGA-DE-MULATATanacetum vulgare: o chá é utilizado para perturbações digestivas, icterícia, inflamações nos olhos, dores de dente; é diurético, provoca menstruação. Não usar durante a gravidez. Útil para fazer banhos em problemas de reumatismo, erisipelas e para estancar o sangue. A flor é vermífuga.
CAPIM- LIMÃOCymbopogon citratus:  o chá é usado como digestivo, para gases, reumatismo e  dores nos músculos, como calmante, nas ansiedades, para baixar a febre e provocar suor. Abaixa a pressão!
CARQUEJABaccharis crispa: o chá das raízes é diurético, indicado para combater azias, males do fígado, sinusites, doenças da pele e venéreas.
CAVALINHAEquisetum arvense: é rica em minerais. O seu chá fortalece o organismo todo, combate tuberculoses, hemorragias internas, problemas de bexiga, de incontinência urinária, de rins e úlceras gástricas. É cicatrizante, regenerando rapidamente os tecidos. Bom para próstata, osteoporose, perda de sangue no nariz, boca, e também para celulite.
CONFREISinphytum officinale: usado internamente possui várias propriedades mas limita-se ao uso externo das folhas, sua inclusão em formulações de medicamentos é proibida no Brasil, necessitando ainda muitas pesquisas em seres humanos. Os rizomas secados ao sol são indicados para cicatrização de feridas e fraturas, para rachaduras na pele, nos seios, no ânus, para lavar feridas varicosas, úlceras, queimaduras, psoríase e outras inflamações.
QUEBRA-PEDRA Phyllanthusnururi: as folhas em infusão, 3 xícaras ao dia, servem para eliminar cálculos renais, para problemas de inflamação dos rins, bexiga e fígado, vesícula, ácido úrico, amarelão (hepatite) e diabete. Podem ser  usadas folhas e flores.
GENGIBREZingiber officinalis: a raiz é usada em infusão para casos de gripe, resfriados, tosses, catarro, rouquidão, bronquite e afonia, para fraqueza do estômago, cólicas e gases presos. Também com a raiz faz-se compressas para dores reumáticas e nevralgias.
HORTELÃMentha spp: digestão, gases, cólicas, náuseas, como calmante dos nervos, insônia, para bílis, amarelão e como expectorante. O sumo das folhas pode ser aplicado com algodão em nevralgias, dores de dente  e de cabeça, picadas de insetos, e tomados durante vários dias com mel funciona como vermífugo.
LARANJEIRACitrus aurantiu: a flor da laranjeira em maceração tem função contra espasmos, nervosismo e insônia e com mel aplicada no rosto, funciona como antiinflamatória e bactericida, livrando a pele de impurezas. As folhas também são calmantes e combatem a insônia, febres, gripes e resfriados. O bagaço e a  parte branca cura a prisão de ventre. Comer laranja em jejum estimula as funções do fígado e da bilis. Previne as doenças degenerativas por falta de vitamina C e ajuda na assimilação do cálcio.
MALVAMalva parviflora: os vários tipos de malva, raiz e folhas, servem para qualquer tipo de infecção, de inflamação: boca, garganta, laringe faringe, olhos, ouvidos, estômago, úlceras, rins, bexiga, ovários, nervos, hemorróidas, para mau hálito, em picadas de insetos e como cicatrizante.
MANJERONAOriganum majorana: as folhas trituradas com banha ou óleo, aplicadas em cataplasma na barriga das crianças, ajuda a expelir os gases e acalma as cólicas, aplicadas no nariz desprendem o catarro. O mesmo procedimento para dores reumáticas. Como tempero facilita a digestão, abre o apetite e evita gases e cólicas.
MIL-EM-RAMA, pronto-alívioAchillea millefolium: usada tanto raiz como partes aéreas. Indicado em hemorragias internas e externas: uterinas, dos pulmões, de hemorróidas, feridas, úlceras queimaduras e varizes. É analgésica, para cólicas, dores de estômago, de dente e cãibras. É atiinflamatória, para bexiga, incontinência urinária, rins, intestinos, baixar a febre e abaixa a pressão!
PARIPAROBA  – Piper dilatatum: o chá das folhas têm ação sobre o estômago, fígado, baço e pâncreas, úlceras, reumatismos e hemorróidas. Tem ação antiinflamatória e cicatrizante. Alivia crises de bronquite e asma. As folhas podem ser colocadas sobre feridas e tumores e a raiz nos casos de dor de dente.
PULMONÁRIA  – Sthachys byzantina: uma colher de folhas frescas picadas, para uma xícara em infusão é remédio para asma, tosse e obstrução das vias respiratórias. Externamente cura feridas.
MILHO (cabelo de milho) – Zea mays: o cabelo do milho novo, fresco ou seco, em infusão purifica o sangue, sendo poderoso diurético, desinflama e combate infecções da vesícula dos rins e da bexiga, elimina o ácido úrico, dissolve areias e cálculos renais e diminui dores. Baixa a pressão! Secar ao sol e guardar dentro de um pote de vidro, bem tapado.
SALVIASalvia officinalis: além de tempero serve para o corpo e a mente. Usam-se as folhas e flores. Combate depressão, fraqueza, diabete, colesterol, males da menopausa, dificuldade de digestão, menstruação dolorosa, tosse e catarros; é estimulante, analgésica, antiinflamatória e tônica em geral. Clareia e limpa os dentes com as folhas, alivia o mau hálito, escurece os cabelos e provoca excesso de suor. Em gargarejo serve para aftas, gengivites, inflamação da garganta e laringite. Não aconselhável na lactação e gestação.
TANCHAGEM, TansagemPlantago major: usam-se as folhas, sementes e raiz. Ação antiinflamatória, cicatrizante, diurética, tônica e depurativa, indicada para limpeza das vias respiratórias (fumantes), gripes, como expectorante, diarréias, inflamações nos rins e estômago. Em gargarejos funciona como antibiótica, bactericida e antiinflamatória para a garganta, ouvidos, em casos de gengivite, piorréia, laringite, amigdalite, lavagem de feridas, tumores, doenças da pele, infecções nas partes genitais, dores no bico dos seios e inflamação dos olhos.

BIBLIOGRAFIA:
ERVAS & PLANTAS - A Medicina dos Simples. Pe. Ivacir J. Franco e Prof. Vilson L. Fontana. 6ª Edição Revisada e Ampliada, Erexim, RS, Editora Edelbra,  2001.
AS PLANTAS QUE CURAM – dicas de saúde/pesquisa, textos e revisão Irmãos Ribeiro – Erechim: São Cristóvão, 2001. 192p.; 11cm.

PLANTAS MEDICINAIS: Como usar & preparar?

PLANTAS MEDICINAIS

Apresentamos algumas condições importantes para a utilização das plantas medicinais. Começamos com questões que devem ser consideradas por aqueles que fazem uso das mesmas:
-         Em que época deve-se colher as plantas?
-         De que maneira colher?
-         Como faz-se a secagem?
Além das respostas para estas dúvidas, apresentamos algumas ervas com suas respectivas funções.

FARMÁCIA NATURAL
 A utilização das plantas medicinais é uma das mais antigas armas empregadas para o tratamento das enfermidades humanas e muito já se conhece a respeito de seu uso por parte da sabedoria popular. Com os avanços científicos, esta prática milenar perdeu espaço para os medicamentos sintéticos, entretanto, o alto custo destes fármacos e os efeitos colaterais apresentados contribuíram para o ressurgimento da fitoterapia (terapia através das plantas).
No Brasil, a utilização de plantas como meio curativo é uma atividade altamente difundida e popular, às vezes, empregada de maneira equivocada e até mesmo malévola, afinal muitas plantas possuem princípios tóxicos e o seu uso indiscriminado pode causar sérios problemas.
Com a evolução da Ciência e da Pesquisa e decorrente descoberta de fórmulas químicas, a humanidade atraída pelos resultados e impelida pela publicidade e estratégias de interesses econômicos, tem deixado a segundo plano a tradição milenar do uso das plantas medicinais. Devemos acolher com entusiasmo as descobertas dos cientistas que criam, refletindo o gesto divino da Criação, mas sem esquecer o que Deus já criou, o grande laboratório colocado a disposição do homem: a natureza, para que busquemos nela as fontes saudáveis de visa. “e Deus criou a natureza e viu que tudo isto era bom”. (Gen.I, 11-12).
Você agricultor, muitas vezes longe da assistência médica, mas tão próximo desta farmácia natural, muito da qual você já conhece, se informe, se integre e habitue-se a usar para si e para a família estas humildes plantinhas consideradas muitas vezes como "inço".
Vamos nos integrar num mutirão e usufruir gratuitamente desta grande e diversificada farmácia onde, com certeza, existe um remédio para prevenir ou curar qualquer tipo de doença. Deus plantou e deu inteligência ao homem. Vamos pesquisar e colher os frutos.

ÉPOCA DE COLHEITA
  • Raízes: quando as partes que estão sobre o solo estiverem secas.Geralmente isto ocorre no outono;
  • Hastes, caules e ramos: quando estiverem bem desenvolvidos, mas antes da formação dos botões;
  • Flores: pouco antes de formarem sementes;
  • Cascas: quando a planta estiver adulta. Depois que florir e der frutos;
  • Frutos carnosos:pouco antes do fruto estar completamente maduro;
  • Sementes: quando elas estiverem bem maduras e começarem a secar;
  • Plantas inteiras: quando já iniciou a formação e a abertura dos botões, antes das flores abrirem;

TÉCNICA DE COLHEITA
  • o horário apropriado é pela manhã, após a evaporação total do orvalho;
  • em dias muito quentes deve-se fazer a colheita no fim da tarde;
  • a planta não deve estar molhada, pois o excesso de umidade retarda a secagem a favorece a decomposição de substâncias importantes da planta;
  • as plantas devem ser colhidas e transportadas em balaios ou caixas arejadas para que haja ventilação. Nunca em sacos plásticos pois estes impedem a ventilação e favorece o aparecimento de fungos;
  • evitar a mistura de ervas durante a colheita e na hora da secagem, para que as plantas mantenham suas características puras;
  • não colher plantas que estejam com manchas;
  • evitar que as plantas estejam com terra, com exceção das raízes;
  • evitar colher plantas que estejam próximas a poluição, estradas e agrotóxicos.

SECAGEM
  • separar plantas imperfeitas;
  • espalhar sobre uma superfície, em camadas de na máximo 5 centímetros;
  • deve-se dar uma mexida a cada 2 ou 3 dias;
  • deve-se colocar em um local arejado, sem sol e sem umidade;
  • secar uma espécie de cada vez, ou uma longe da outra;
  • estará seca quando você amassar um punhado e esfarelar.
Para que fazer a secagem?
Para eliminar a água que a planta possui, evitando a deterioração e permitindo que a planta dure por mais tempo.

PARA PREPARAR O CHÁ
Evite na preparação do chá utensílios de alumínio ou cobre, use de aço inoxidável, esmaltados, cerâmica ou vidro refratário. As raízes, talos, cascas e sementes levam mais tempo para cozinhar. As flores e folhas, partes mais tenras, levam menos tempo e são preparadas em separado devido também as propriedades que podem ser diferentes.


PROCESSO PARA UTILIZAÇÃO DAS PLANTAS
  1. INFUSÃO: derramar água fervente sobre a erva picada numa vasilha, tapar e deixar esfriar por 10 minutos. Usa-se para partes mais delicadas da planta: folhas e flores.

  1. DECOCÇÃO: por as ervas numa vasilha com água e levar ao fogo. Ferver durante 10 a 20 minutos. Usa-se para raízes, rizomas, madeira, caule, cascas ou sementes. São partes mais duras que devem ser picadas e aconselha-se deixar durante a noite na água antes da decocção.

  1. MACERAÇÃO: colocar as ervas de molho durante 8 a 24 horas em líquidos na temperatura ambiente: água (tisana ou garrafada), vinho, cachaça ou graspa ou mistura de água e álcool de cereais. As partes mais duras ficam mais tempo no líquido. Neste processo os minerais e vitaminas são mais aproveitados. Não são expelidos pelo vapor como nos processos anteriores.

  1. TINTURA: usa-se de 25 a 80% de ervas e completa-se com álcool de cereais com maior ou menor graduação, usa-se mais ou menos álcool conforme a planta. Algumas liberam com mais facilidade que outras suas propriedades.

  1. BANHO: faz-se uma infusão ou decocção (veja a seguir) mais concentrada que deve ser coada e misturada na água do banho. Outra maneira indicada é colocar as ervas em um saco de pano firme e deixar boiando na água do banho. Os banhos podem ser parciais ou de corpo inteiro, e são normalmente indicados 1 vez por dia.

  1. CATAPLASMA: São obtidas por diversas formas:
  1. amassar as ervas frescas e bem limpas, aplicar diretamente sobre a parte afetada ou envolvidas em um pano fino ou gaze;
  2. as ervas secas podem ser reduzidas a pó, misturadas em água, chás ou outras preparações e aplicadas envoltas em pano fino sobre as partes afetadas;
  3. pode-se ainda utilizar farinha de mandioca ou fubá de milho e água, geralmente quente, com a planta fresca ou seca triturada.

  1. COMPRESSA: É uma preparação de uso local (tópico) que atua pela penetração dos princípios ativos através da pele. Utilizam-se panos, chumaços de algodão ou gaze embebidos em um infuso concentrado, decocto, sumo ou tintura da planta dissolvida em água. A compressa pode ser quente ou fria. Outra forma é molhar a ponta de uma toalha e colocar no local afetado, cobrindo com a outra ponta da toalha seca, para conservar o calor.

  1. INALAÇÃO: Esta preparação utiliza a combinação do vapor de água quente com aroma das substâncias voláteis das plantas aromáticas, é normalmente recomendada para problemas do aparelho respiratório. Colocar a erva a ser usada numa vasilha com água fervente, na proporção de uma colher de sopa da erva fresca ou seca em 1/2 litro d'água, aspirar lentamente (contar até 3 durante a inspiração e até 3 quando expelir o ar), prosseguir assim ritmicamente por 15 minutos. O recipiente pode ser mantido no fogo para haver contínua produção de vapor. Usa-se um funil de cartolina (ou outro papel duro); ou ainda uma toalha sobre os ombros, a cabeça e a vasilha, para facilitar a inalação do vapor. No caso de crianças deve-se ter muito cuidado, pois há riscos de queimaduras, pela água quente e pelo vapor, por isso é recomendado o uso de equipamentos elétricos especiais para este fim.

  1. GARGAREJO: Usado para combater afecções da garganta, amigdalites e mau hálito. Faz-se uma infusão concentrada e gargareja quantas vezes for necessário. Ex.: Sálvia (mau hálito), tanchagem, malva e romã (amigdalites e afecções na boca).

  1. SUCO OU SUMO: Obtém-se o suco espremendo-se o fruto e o sumo ao triturar uma planta medicinal fresca num pilão ou em liqüidificadores e centrífugas. O pilão é mais usado para as partes pouco suculentas. Quando a planta possuir pequena quantidade de líquido, deve-se acrescentar um pouco de água e triturar novamente após uma hora de repouso, recolher então o líquido liberado. Como as anteriores, esta preparação também deve ser feita no momento do uso.

  1. XAROPE: Os xaropes são utilizados normalmente nos casos de tosses, dores de garganta e bronquite. Na sua preparação, faz-se inicialmente uma calda com açúcar cristal rapadura, na proporção de 1 1/2 a 2 partes para cada 1 parte de água, em volume, por exemplo, 1 1/2 a 2 xícaras de açúcar ou rapadura ralada. A mistura é levada ao fogo e, em poucos minutos há completa dissolução e a calda estará pronta, com maior ou menor consistência, conforme desejado, então são adicionadas as plantas preferencialmente frescas e picadas, coloca-se em fogo baixo e mexe-se por 3 a 5 minutos, findos os quais o xarope é coado e guardado em frasco de vidro. Se for desejada a adição de mel ou em substituição ao açúcar, não se deve aquecer, neste caso adiciona-se apenas o suco da planta ou a decocção ou infusão frios. A quantidade de plantas a ser adicionada em cada xarope é variável segundo a espécie vegetal. O xarope pode ser guardado por até 15 dias na geladeira, mas se forem observados sinais de fermentação, ele deve ser descartado. Obviamente, os xaropes, devido à grande quantidade de açúcar, não devem ser usados por diabéticos.
 
DOSAGEM:
  • Menor de 1 ano de idade: 1 colher de café do preparado 3 vezes ao dia
  • De 1 a 2 anos: 1/2 xícara de chá 2 vezes ao dia
  • De 2 a 5 anos: 1/2 xícara de chá 3 vezes ao dia
  • De 5 a 10 anos: 1/2 xícara de chá 4 vezes ao dia
  • De 10 a 15 anos: 1 xícara de chá 3 vezes ao dia
  • Adultos: 1 xícara de chá 3 a 4 vezes ao dia
Outra recomendação se refere à redução proporcional das doses para crianças de acordo com a idade, assim se recomenda uma sexta, uma terça ou meia parte da dose preconizada para adultos.

HORÁRIO DE TOMAR OS CHÁS OU PREPARADOS:
  • os chás ou os preparados para despertar o apetite, tomam-se meia hora antes das refeições;
  • os chás ou preparados digestivos, calmantes e para a vesícula tomam-se após as refeições;
Obs:os chás ou preparados para outras finalidades tomam-se entre as refeições.

Composto extraído do tomate promete ação antitrombose

JULIANA VINES
DE SÃO PAULO
Um ingrediente extraído do tomate pode melhorar a circulação sanguínea e diminuir o risco de trombose.
Pelo menos, é o que promete a fabricante, a holandesa DSM, que acaba de trazer a novidade para o Brasil

O concentrado de tomate tem nucleotídeos, flavonoides e polifenois. Já é adicionado a produtos nos EUA e na Europa, com autorização do governo.
Um exemplo é a bebida Relaxzen, para pessoas que fazem longas viagens de avião e, por isso, correm maior risco de formação de coágulos.
Por aqui, o ativo foi lançado, mas ainda não há produtos com o ingrediente na fórmula. Isso depende do interesse de alguma indústria de alimentos.
Segundo Bernd Mussler, pesquisador da DSM, estudos com cerca de 300 pessoas comprovam a eficácia do composto, patenteado com o nome de Fruitflow.
A principal ação do ativo aconteceria na inibição da agregação plaquetária ±etapa da coagulação do sangue.
"Inibir a agregação plaquetária é um mecanismo reconhecido para diminuir risco de doença cardiovascular."
Como não é um produto final, não precisa de registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Mas, caso seja usado na fórmula de alguma bebida, por exemplo, precisará do aval da vigilância.
A agência proíbe embalagens de alimento funcional de informar que o produto previne ou cura doenças.
"Concentrados de alimentos não podem ser usados como remédios", diz Jaime Farfan, professor de engenharia dos alimentos da Unicamp.
Segundo ele, flavonoides ajudam na circulação sanguínea, mas isso não é propriedade exclusiva do tomate.
"Há muitos alimentos com flavonoides. É muito mais seguro consumir vegetais do que ingerir um composto concentrado. A ação não vem apenas de um componente."
Para o nutrólogo Celso Cukier, do Hospital São Luiz, os estudos até agora não são conclusivos.
"Faltam informações sobre qual seria a molécula ativa e a dose ideal"

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Samuel Hahnemann, o pai da homeopatia

O pai da homeopatia, o médico alemão Samuel Hahnemann

 

 

No dia 10 de abril de 1755, nasceu Samuel Hahnemann, o médico que iria revolucionar os métodos terapêuticos.

Christian Friedrich Samuel Hahnemann nasceu no dia 10 de abril de 1755 em Meissen, no Estado da Saxônia, no leste da Alemanha. Filho de um pintor de porcelana, o garoto cresceu em um ambiente modesto e, graças a uma bolsa, pôde estudar em numa renomada escola da região.
Desde cedo, Hahnemann demonstrou grande facilidade para línguas. Além do alemão, aprendeu inglês, francês, espanhol, latim, árabe, grego, hebreu e caldeu. Tinha ainda aptidões para as ciências naturais e grande interesse pela botânica.
Iniciou o curso de Medicina na Universidade de Leipzig. Porém, insatisfeito com o enfoque exclusivamente teórico das aulas, Hahnemann transferiu-se para Viena.
A praça central de Meissen, cidade natal de HahnemannBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  A praça central de Meissen, cidade natal de HahnemannEm 1781, Hahnemann defendeu sua tese de doutorado na faculdade de Erlangen. Começou a praticar a medicina no povoado saxônico de Hettstedt. Meses depois, mudou-se para Dessau, onde conheceu Johanna Leopoldina Henriette Küchler, enteada de um farmacêutico. Em 1782, casaram e mudaram-se para Gommern – também no leste do país.
Similia similibus curentur
Embora considerado bom médico, Hahnemann demonstrou-se desiludido com a pouca eficácia dos métodos terapêuticos usados na época. Para garantir o sustento da família, optou por traduzir obras científicas, especialmente nas áreas de química e medicina.
Em 1790, Hahnemann traduziu o tratado Matéria Médica, do inglês Willian Cullen, que relatava as propriedades curativas da Chinchona officinalis, ou quinina, contra a malária. Intrigado, Hahnemann testou em si mesmo a substância e desenvolveu sintomas semelhantes aos da doença. Subitamente, tomou consciência do que ocorrera: quinina acarretava sintomas semelhantes aos apresentados pela enfermidade que curava.
A natureza que curaBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  A natureza que curaHahnemann experimentou outras drogas como beladona, mercúrio, digital, ópio, arsênico e diversos medicamentos de uso corrente na época. Os testes confirmaram sua teoria. Cada remédio provocava uma doença similar àquela para a qual era ordinariamente receitado. Similia similibus curentur ou "semelhante cura semelhante". Hahnemann desvendara o princípio da homeopatia.
Homeopatia, uma idéia anterior a Hahnemann  
Hahnemann publicou, em 1796, um importante ensaio chamado Um novo método para averiguar os princípios curativos das drogas. Com ele, o médico descrevia suas descobertas e começava a entrar para a história. 
Na verdade, Hahnemann não é o pai das idéias básicas da homeopatia. No século 5º a.C., Hipócrates, pai da Medicina, já afirmava que uma doença podia ser combatida com substâncias que causavam sintomas parecidos. Hipócrates tentara a cura de certos males com semelhantes.
Paracelso (1493–1541), médico, pesquisador e filósofo que influenciou Hahnemann Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Paracelso (1493–1541), médico, pesquisador e filósofo que influenciou Hahnemann O mesmo princípio curativo já fora mencionado na Índia mais de 2 milênios antes. E, no século 16, o suíço Paracelso afirmava que venenos ministrados em pequenas doses podiam curar enfermidades.
Hahnemann, que conhecia e admirava os trabalhos de Hipócrates e Paracelso, tinha agora a comprovação prática das idéias de seus mestres.   
A nova terapia
Hahnemann dedicaria o resto de sua vida a desvendar a cura pelo semelhante e aprofundar-se nesta premissa. O princípio "Similia similibus curentur" foi batizado por Hahnemann de homeopatia – do grego "homoion" similar, e "pathos" doença.
Querendo fazer dela um método eficaz de tratamento, ele experimentava as substâncias, registrava seus efeitos no organismo e passava a utilizá-las em doentes com sintomas semelhantes.  
Hahnemann começou seus tratamentos aplicando grandes doses. Mas, devido a efeitos colaterais, procurou desenvolver um procedimento para proteger o paciente e evitar intoxicações. Passou a diluir as substâncias para que fossem ministradas em pequenas quantias.  
Sacolejo de cavalos desvendam a terapia 

Sempre atento aos tratamento dos seus pacientes, Hahnemann notou que, quanto mais afastado ficava o domicílio dos enfermos, mais rápidos e eficazes se mostravam os medicamentos. A única diferença entre os remédios de quem residia próximo e de quem residia longe eram os sacolejos sofridos durante o transporte a cavalo.

Sacolejo durante o transporte. O processo de dinamização veio a cavalo e à tona    Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Sacolejo durante o transporte. O processo de dinamização veio a cavalo e à tona Hahnemann concluiu que, se os processos de saúde, doença e cura são dinâmicos, o medicamento também deveria sê-lo. Sendo assim, as substâncias homeopáticas deveriam passar pelo chamado processo de dinamização: ao serem preparadas, deveriam sofrer batidas fortes e ritmadas para despertar a energia contida nos elementos.    
A nova terapia de Hahnemann era eficiente e agradável aos pacientes. Uma ótima opção aos tratamentos primitivos e sem embasamento científico da época, como a prática de sangrias, ingestões de purgantes e substâncias tóxicas. 
Professor cheio de controvérsias  
Em 1812, Hahnemann recebeu licença para lecionar na Universidade de Leipzig. Viveu na cidade até 1821 com sua família (a esposa e 11 filhos, dos quais dois viriam a morrer).
Suas críticas aos métodos de cura da época esvaziaram-lhe a sala de aula. Aos poucos alunos que restaram, ele propôs a formação de um grupo de "provadores de drogas". Neste período, redigiu uma obra onde estão descritos todos os sintomas e propriedades das substâncias testadas por ele e seus discípulos.
A controvérsia em torno de seus métodos contribuiu para que Hahnemann mudasse várias vezes de cidade. Em 1821, estabeleceu-se em Köthen, onde recebera autorização para a fabricação de seus medicamentos. Por essa época, Hahnemann escreveu seu último livro médico importante, intitulado Doenças crônicas, sua natureza e tratamento homeopático, publicado em 1828.
Inquisição homeopática
Praga, a cidade proibiu seus médicos de praticarem a homeopatia  Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Praga, a cidade proibiu seus médicos de praticarem a homeopatia Os êxitos do método homeopático eram proporcionais às críticas que este recebia. Médicos adeptos da medicina tradicional incitaram farmacêuticos contra Hahnemann. Muitos consideravam a homeopatia um sistema nulo, de valor puramente especulativo, e até prejudicial à saúde.  
Na Áustria havia um decreto que proibia sua prática. Em Praga, o médico que lançasse mão dos novos métodos seria condenado a pagar multa. Reincidentes tinham o diploma cassado e eram exibidos, como malfeitores, em praça pública.
Cólera ajuda e difundir a homeopatia
Em 1831, um ano após a morte de sua esposa, Hahnemann ajudou a conter uma epidemia de cólera na Europa. Seu sucesso no tratamento da moléstia chamou a atenção e despertou interesse internacional. De vários locais do continente vieram agradecimentos e elogios aos novos métodos do médico alemão. 
Na Áustria, os governantes aboliram o decreto anti-homeopatia, mesmo a contragosto. Na França, as idéias de Hahnemann ganharam adeptos e nos EUA formou-se uma sociedade homeopática.
A partir de 1832, vários médicos e cientistas propagaram a nova medicina: Romani em Nápoles, Pierre Dufresne em Genebra, Des Guidi em Lyon, o professor Mabit em Bordeaux e Petroz, Croserio, Curie, Léon Simon em Paris.
Hahnemann deixa a Alemanha
Em 1835, Hahnemann casou-se com uma jovem francesa, Melanie d'Hervilly-Gohier, e mudou-se com ela para Paris.
Gotas homeopáticas, pequenas doses do semelhante à doença    Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Gotas homeopáticas, pequenas doses do semelhante à doença Na França, Hahnemann encontraria o reconhecimento ao seu trabalho que lhe fora negado em seu país de origem. E sua transferência contribuiu para que a homeopatia demorasse mais a se propagar na Alemanha.
Hahnemann morreu aos 88 anos, em Paris, no dia 2 de julho de 1843. Seus estudos foram rapidamente difundidos, serviram de inspiração para novas gerações de clínicos e tornaram o mundo mais saudável.
Desvendando a natureza  
Hahnemann não é o descobridor da homeopatia, pois o princípio curativo desta é uma lei da natureza. Seu grande mérito é tê-lo desvendado e aplicado ao uso medicinal.               
Hahnemann e seus discípulos desenvolveram 100 substâncias curativas. Hoje há cerca de 3 mil delas. Ao longo dos anos, os métodos homeopáticos evoluíram muito. Mas seus princípios básicos, desvendados por Hahnemann, perduram após mais de dois séculos.   
Homeopatia no Brasil
A homeopatia foi introduzida no Brasil por um dos discípulo de Hahnemann, o francês Benoit-Jules Mure. Mure chegou ao país em 1840 e obteve apoio de D. Pedro II para a prática, ensino e propagação da nova medicina.
A homeopatia propagou-se no Brasil, recebendo apoio do pensamento positivista no final do século 19. O método se propagou até o final da década de 20, sofrendo posteriormente um lento declínio. Nos anos 60, a homeopatia sobreviveu no país graças a nomes como os de Abraão Brickman, Alfredo de Vernieri, Paiva Ramos, David Castro e Artur de Almeida Resende Filho.
São Paulo na década de 1920, a homeopatia foi bem recebida no BrasilBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  São Paulo na década de 1920, a homeopatia foi bem recebida no BrasilNas últimas décadas a homeopatia voltou a ganhar notoriedade e prestígio. Hoje, o Brasil é um dos países com maior número de médicos homeopatas do mundo e calcula-se que cerca de 17 milhões de brasileiros já tenham recorrido à medicina de Hahnemann.
No território nacional existem cerca de 15 mil médicos exercendo a homeopatia, 2 mil farmacêuticos e o mesmo número de farmácias especializadas.

E, para quem gosta de história, existe até o Museu de Homeopatia Abraão Brickmann, na cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Maristel Alves dos Santos

 

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