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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Os RINS na visão da Medicina Tradicional Chinesa

Visão do rin pela MTCA função dos rins como regulador do metabolismo da água na prática da Medicina Tradicional Chinesa se relaciona intimamente com sua função na visão da medicina ocidental, mas sua influência tem um alcance muito maior. Os rins são o local de armazenamento da essência vital (jing), uma substância sutil responsável pelo crescimento, desenvolvimento, reprodução e fertilidade.
Os rins também são considerados, por filtrarem todos os líquidos corporais, a fonte de energia yin e yang para todos os outros órgãos. Assim, uma disfunção crônica nas funções renais pode potencialmente afetar qualquer outra parte do organismo.
Os rins são a fonte do qi pré-natal, que é herdado dos pais e interpretado como a constituição inata de uma pessoa. Em última análise, a saúde e força dos rins é o fator determinante mais importante na vitalidade duradoura de uma pessoa e em sua longevidade. Os sintomas de desequilíbrio nos rins incluem dores lombares, infertilidade, impotência ou desejo sexual excessivo, problemas urinários, fragilidade de ossos e dentes, zumbido ou surdez, edema ou asma.
Uma boa analogia para entender este qi é que quando somos fecundados “ganhamos geneticamente” uma “poupança de vitalidade” para usarmos ao longo da vida. Se, ao longo da vida retiramos pouco desta “poupança”, evitando excessos e desperdícios e, ainda depositamos diariamente a “essência vital” abundante na natureza, a saúde e longevidade serão o prêmio. Mas, se a “esvaziamos” diariamente e, raramente repomos ou a enchemos, essa “poupança” vai se esgotando rapidamente e um desencarne doentio ou precoce pode ser esperado.
As funções tradicionais dos rins
A essência pré-natal é derivada do material genético dos pais, assim como de sua vitalidade, seu estilo de vida, hábitos e nutrição. Ela é essencialmente a constituição herdada por uma pessoa no nascimento.
A essência pós-natal, por outro lado, está ao alcance do controle da pessoa porque ela deriva da alimentação e do ar. Uma pessoa com uma essência pré-natal fraca pode levar uma vida ativa e saudável através da manutenção de uma forte essência pós-natal.
Uma dieta e estilo de vida saudável, juntamente com exercício e práticas de respiração, como o qi gong, tai chi e yoga são os meios para conseguir uma essência pós-natal forte. De fato, uma pessoa com uma constituição fraca e um estilo de vida saudável está em melhor condição do que uma pessoa com uma forte constituição e um estilo de vida destrutivo.
Esse último, geralmente vive anos sem nenhuma doença e então, subitamente, sucumbe a um câncer ou doença cardíaca. Por outro lado, uma pessoa com essência pré-natal mais fraca, é incapaz de se livrar de um estilo de vida não-saudável porque ela retrocede imediatamente na forma de doença ou fadiga.
Os rins controlam o metabolismo da água. O equilíbrio do yin e do yang nos rins determina a eficiência do metabolismo da água no corpo. Quando o yang do rim ou o qi do rim estão deficientes, urina em excesso ou edema (suor devido à retenção severa de fluído) podem ocorrer. Os rins retêm o CHI.
Enquanto os pulmões são o principal órgão da respiração, os rins proporcionam a força de “retenção” necessária para a inalação total, a respiração plena. Portanto, quando o yang do rim ou o qi do rim está deficiente, uma pessoa pode ter dificuldade de inalação, como ocorre com as pessoas com asma.
De acordo com a fisiologia chinesa, os rins também são responsáveis pelo desenvolvimento de ossos e dentes fortes. Quando os rins estão deficientes, os ossos tornam-se mais quebradiços e a saúde dental deficitária (mais cáries e sensibilidades).
Os rins produzem medula e estão conectados ao cérebro. A medula tem uma função muito mais ampla na Medicina Tradicional Chinesa do que na medicina ocidental. Na medicina ocidental, ela está envolvida primariamente com os ossos e o crescimento das células sangüíneas. Na fisiologia chinesa, a medula é derivada diretamente da essência qi e é a fonte das células cerebrais. Deficiências na essência vital ou na medula podem gerar casos de deficiência mental.
Os rins regem a audição, quando o meridiano dos rins (1 dos 12 canais de energia da Medicina Tradicional Chinesa) se abrem dentro do ouvido. Essa função tem grande significado clínico: as dificuldades de audição geralmente podem ser tratadas com a nutrição dos rins. A capacidade auditiva dos bebês é tida como subdesenvolvida devido à falta de maturação da energia do rim. As pessoas idosas são propensas a ter oscilações nos ouvidos (zumbido) ou audição prejudicada devido ao esgotamento do qi dos rins com o tempo.
O que representam os Rins?

Na saúde e harmonia: permite fluir, reciclar, morrer para renascer, a segurança e a fé
Na densidade e desequilíbrio: cristaliza as críticas, medos, desapontamentos e fracassos
Um belo dia acordamos e chegou aquele friozinho: é o inverno. Momento de ficar quietinho, o yin máximo se instalou. Ao inverno corresponde o elemento água e aos rins, responsável por filtrar todas as nossas águas. Agora a natureza dorme. Um ciclo se encerra. A emoção que desequilibra os rins é o medo. Medo do que? Se amamos, se confiamos, se fluímos, não é preciso ter medo das mortes, dos fins de ciclos. Sabemos que tudo recomeçará de uma nova forma na primavera.
Importante lembrar que existe uma relação simbólica entre as “nossas águas” e todas as questões emocionais. Portanto, pelos rins passam todas as nossas emoções e sentimentos. Será neles que as vibrações têem a oportunidade de serem filtradas e excretadas. Caso contrário, irão se alojar nos diferentes órgãos: nos pulmões as má-águas e tristezas, no fígado as iras, mas nos rins as críticas, medos, desapontamentos e fracassos.
A cada minuto, cerca de 20% do sangue que sai do coração passa por esse par de órgãos com formato de feijões. São filtrados 125 ml de sangue/min, sendo que 124 ml são reabsorvidos pela circulação e 1 ml vira urina (excreto). Num adulto saudavelmente hidratado, o volume aproximado de 1,5 litro/dia de urina é excretado, que deverá ser idealmente incolor e transparente.
O processo de filtragem é entendido metafisicamente como uma capacidade de discernimento (quem passa no filtro e quem fica retido?) que, ao final, é o importante trabalho realizado por todos os sistemas excretores. No caso dos rins, ele irá filtrar o sangue; ou seja, todas as substâncias que penetrarem na corrente sanguínea terão que passar pelo seu sistema de seleção que está relacionado com a capacidade interior de se desprender e eliminar os fatos desagradáveis da vida (emoções e sentimentos), como também os comportamentos do passado não condizentes com o presente e as perspectivas – planos e projetos – do futuro.
A qualidade desta filtração costuma ser muito afetada pela crítica, julgamento e malícia. É claro que existem situações perigosas e inadequadas que não irão nos levar onde queremos. Cabe a nós perceber (com os 5 sentidos plenos = meditação) e transformar, valorizando as oportunidades do excretar, jamais se identificar com a situação. Criticar apenas, não resolve, ao contrário, nos liga ainda mais, se permanecemos presos, apegados (sem permitir o encerramento dos ciclos) e não eliminamos (soltarmos) devidamente.
Além disso, é importante notar que o sistema renal funciona com um “par” de rins, portanto ele depende de parceria e cumplicidade entre eles para seu pleno funcionamento. Externamente eles representam a busca pela qualidade dos relacionamentos interpessoais e a percepção do amor através ao outro. É, onde não existe o amor, existe somente o medo, e nada mais, afirmava o mestre indiano Osho.
Outra situação interna que atinge os rins é a crença nas dificuldades, é a falta de fé no perfeito fluir do universo. Temer não conseguir realizar seus objetivos, representa não ter se livrado das memórias difíceis do passado, não confiar. Achar que tudo é difícil e complicado dificulta nas decisões, escolhas e discernimento. A saída é perceber o contexto por uma ótica positiva (leve e libertadora), que irá garantir uma plenitude para o bom funcionamento dos rins.
Os cálculos e dores renais revelam dificuldades de relacionamentos não dissolvidas, não liberadas para excreção, para findar. Existe, embutido também, um comportamento emocional infantil, ou rebelde, diante dos desafios, principalmente aqueles ligados às parcerias e uniões.
Reclamar da situação é não ver o lado bom que existe nela. Sempre cabe a pergunta: o que devo aprender com isso?
Atualmente, mais de 10% dos homens e 5% das mulheres sofrem de cálculo renal. Explica-se esta desproporção pelo fato das mulheres externalizarem mais as emoções, enquanto os homens costumam cristalizar seus desapontamentos. A incidência varia geograficamente, refletindo diferenças ambientais e comportamentais. Entretanto, o índice de casos é abruptamente crescente, associado à “modernização” da alimentação e hábitos ocidentais.
Em qualquer ser humano com problema renal, existe oculta uma dependência dos outros, uma necessidade de apoio, consideração e afeto; por mais que suas atitudes afirmem o oposto, pois, quando suas expectativas afetivas são frustradas, costumam criticar os outros, querendo mostrar-se auto-suficiente.
E, neste sentido, acredito piamente que a nossa alma gêmea encontra-se exatamente dentro de nós, pois quando os pulmões, rins, coração e cérebro (órgãos pares) funcionam em harmonia, a sensação de plenitude torna-se o maior encontro de amor e transbordamento. Experimente e comece com esta brincadeira diária: desintoxicando-se!
Fonte: http://saude.hsw.uol.com.br/orgaos-yin5.htm
Autores: Bill Schoenbart e Ellen Shefi
SOBRE OS AUTORES:
Bill Schoenbart é licenciado em fitoterapia e acupuntura e mestre em Medicina Chinesa. Ele é membro da faculdade da Escola Americana de Herbalismo e da Escola Hawaii de Medicina Tradicional Chinesa. Ele é editor da The Way of Chinese Herbs (O Caminho das Ervas Chinesas) e Biomagnetic and Herbal Therapy (Terapia Biomagnética e Herbária).
Ellen Shefi é massagista licenciada, acupunturista licenciada e nutricionista registrada. Ela tem um consultório particular de acupuntura, ajudou no desenvolvimento do protocolo de acupuntura e contribuiu para um projeto de pesquisa nacional financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde de Medicina Alternativa. Ela é membro da Associação Americana de Acupuntura e Medicina Oriental, da Associação Herbária Americana e da Associação de Acupuntura do Oregon.

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