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sábado, 14 de maio de 2011

PLANTAS MEDICINAIS: CITRONELA

Nome popular CITRONELA
Nome científico Cymbopogon nardus (L.) Rendle
Família Poaceae (Gramineae)
Sinonímia popular Citronela-do-ceilão, cidró-do-paraguai
Parte usada Folhas e colmos verdes e seu óleo essencial
Informações complementares Nome em outro idioma
Lenabatu-grass
Origem
Espécie originária do Ceilão e sul da Índia.
Descrição botânica
É uma erva perene, cespitosa, de 0,80-1,20 m de altura. Os colmos são eretos, lisos, semilenhosos, maciços, de cor verde-clara e internós longos sobre um rizoma curto amarelo-escuro, com inúmeras raízes fortes, fibrosas e longas.
As folhas são planas, inteiras, estreitas, longas, de 0,5-1 m de altura, com margens ásperas, ápice agudo, face superior verde-escura-brilhante e inferior verde-oliva-grisácea. Apresentam aspecto curvo, sendo intensamente aromáticas, lembrando o eucalipto citriodora.
A inflorescência é em panícula, formada por racemos curtos e geminados. A citronela dá sementes atrofiadas, embora floresça abundantemente na primavera.
Informações para o cultivo
Variedades: não existem seleções de variedades de citronela, e as referidas como variedades são, na verdade, outras espécies.
Clima: é planta de clima tropical ou subtropical. Não suporta frio, e as geadas causam a morte das plantas. No seu período de crescimento, é exigente em chuvas, mas próximo à colheita o excesso de precipitação afeta o teor e a qualidade do óleo. É cultura exigente em luz (intensidade luminosa e horas de luz) e em calor.
Solos: areno-argiloso a francos, porosos e férteis (em matéria orgânica e em nutrientes), bem drenados e com boa exposição.
Plantio: é feito por meio da divisão das touceiras que, com a redução das folhas e das raízes, constituirão as mudas. É realizado no início do outono (março-abril) ou na entrada da primavera (setembro). Devem-se evitar períodos de frio e calor intenso. Os espaçamentos serão de 0,80 a 1 m por 0,40 a 0,50 m, aumentados para mais ou para menos, de acordo com a fertilidade do solo. Recomenda-se efetuar o plantio em dias sombrios ou chuvosos, não deixando secar as raízes das mudas, e fazer uma boa irrigação em seguida.
Tratos culturais: constarão de replantes das falhas, de capinas, irrigações e adubações de cobertura.
Pragas e doenças: não se conhecem pragas e doenças incidentes sobre esta cultura. Alguns sintomas que se assemelham aos de doenças fúngicas em geral se revelam como carência de nitrogênio, potássio, ferro, etc.
Colheita: é feita a partir do segundo ano, em cortes a 5 cm acima do solo. Normalmente, é possível um segundo – e mesmo um terceiro – corte a 5 cm acima do solo, em cultivos bem conduzidos. Produções de 80-100 L de óleo/ha são comuns no Estado.
Duração da cultura: mesmo que as plantas possam durar 8 anos ou mais, convém substituir o cultivo a cada 4 anos de produção (no 5º ano).
Operações pós-colheita: a colheita deve ser levada imediatamente para a destilação, para que não ocorram perdas de óleo essencial.
Mercado: embora outros países antes não-produtores tenham entrado no mercado mundial e seu preço oscilado, com freqüentes baixas, a demanda ainda tem sido elevada, e os preços conseguidos permitem ainda o cultivo desta planta em escala econômica.
Aplicação do óleo essencial
  • Como planta aromática para fins de perfumaria
  • Para afugentar insetos do lar e de grãos armazenados
  • Como desinfetante do lar e bactericida laboratorial
  • Como matéria-prima para a síntese de outros aromas
Colaboração
Rosa Lúcia Dutra Ramos - Bióloga - (FEPAGRO, Porto Alegre, RS) - Maio, 2004
Texto extraído do Boletim Técnico da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária - FEPAGRO - NÚMERO 11 - MARÇO DE 2003
Bibliografia
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  • Fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/index.asp

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