Nome popular | MANJERONA |
Nome científico | Origanum majorana L. |
Fotos ampliadas | 1 |
Família | Lamiaceae (Labiatae) |
Sinonímia popular | Manjerona, manjerona-doce, manjerona-verdadeira |
Parte usada | Ramos e folhas verdes |
Informações complementares Origem Espécie originária da região Mediterrânea e do Oriente Médio. Plantas aromáticas - Introdução As plantas aromáticas, através de diferentes rotas metabólicas, sintetizam grupos de princípios ativos. Entre estes grupos estão os óleos essenciais, substâncias orgânicas voláteis, formados por uma mistura de componentes. Estes óleos encontram-se em diferentes partes das plantas, principalmente nas folhas, flores, raízes, e estruturas especializadas, como nos tricomas glandulares e nas bolsas secretoras. A maioria dos óleos essenciais possui aroma agradável, e as suas propriedades são variadas: antivirótica, antiespasmódica, analgésica, bactericida, cicatrizante, expectorante, relaxante, vermífuga, entre outras. Além dos vários benefícios citados, as plantas aromáticas podem gerar renda na pequena propriedade rural, mas sua comercialização requer produtos com alta qualidade e constância no fornecimento aos interessados. É importante citar que a produção deve estar dentro de uma visão agroecologica para que as plantas produzidas sejam ricas em seus princípios ativos e não contaminadas por agrotóxicos. A manjerona e o orégano se consagraram como aromatizantes e flavorizantes de alimentos, bebidas, medicamentos, sendo posteriormente descobertas propriedades aromatizantes empregadas em perfumaria. Para fins condimentares e medicinais são usados os ramos e as folhas ainda verdes ou, mais raramente, dessecados. Para uso em perfumaria, é extraído o óleo essencial da planta fresca ou dessecada, colhida o mais próximo possível do inicio da floração. Descrição botânica A manjerona (Origanum majorana L.)é uma erva perene, cespitosa, de 0,30-0,60m de altura. Os caules são grisáceo-tomentosos, lenhosos na base, eretos, quadrangulares, ramosos. Os ramos são finos e longos, pardo-arroxeados e pilosos. As folhas são simples, opostas, ovaladas ou arredondado-elípticas, verde-acinzentadas e pilosas na face inferior e mais escuras e lisas na face superior. Os pecíolos são curtos e pilosos e possuem aroma forte e agradável. As flores são pequenas, zigomorfas, bilabiadas, com corola esbranquiçada ou lilacina. Têm cor branca ou rosada, são protegidas por brácteas verdes e reunidas em espigas. O cálice tem cinco dentes, profundamente fendidos nas laterais. O ovário é súpero tetrapartido, com óvulos ortótropos em número de um por lóculo. O estilete é ginobásico, com estigma curto e bifurcado. Os frutos são pequenas nozes (núculas) ligeiramente oblongas, escuras e lisas. As sementes no interior das núculas são muito pequenas (1g contém 4000 sementes), possuindo capacidade germinativa de três anos. Informações para o cultivo Variedades: a literatura não cita variedades dessa espécie, mas todo cultivador irá selecionar ao longo dos anos as variedades mais produtivas e adaptadas à sua região. Clima: os temperados brandos, os tropicais e os subtropicais comportam esta cultura. Exige local ensolarado, mas protegido dos ventos frios e dos ressecantes. Nos climas subtropicais e tropicais, a cultura sofre com o sol intenso e períodos muito secos. Solo: prefere solos drenados, permeáveis, ricos em matéria orgânica e nutrientes. Solos unidos e ácidos são inadequados, devendo ser drenados, adubados e calcareados previamente. Propagação: pode ser feita por sementes, divisão de touceiras ou por estacas. A divisão de touceiras e/ou estacas deve ser realizada no outono ou no inverno. Por sementes, é feita em viveiros na primavera ou no outono, gastando-se 1g de semente/metro quadrado. A germinação ocorre em torno de 10 dias. Plantio: deve-se deixar uma distância de 40cm entre linhas e de 25-30cm entre plantas. Em solos férteis e climas favoráveis, pode-se deixar uma distância de 50cm entre linhas e de 30cm entre plantas. Devem-se escolher dias nublados e solo úmido, evitando-se os dias secos de verão. Tratos culturais: constarão de capinas, pois as plantas são sensíveis aos inços. Irrigações só em casos de secas severas, evitando-se as horas quentes. Adubações de reposição feitas em cobertura também são necessárias. Pragas e doenças: em boas condições de cultivo, normalmente não há incidência de doenças fúngicas. A praga mais ocorrente é a broca das pontas, que é ocasionada por uma pequena lagarta. O combate deve ser feito com o uso de armadilhas luminosas, no crepúsculo, para caçar as mariposas. Colheita: é feita por ocasião do aparecimento dos primeiros botões apicais, indicadores do início da floração. Escolhem-se dias secos e horas favoráveis à colheita de aromáticas. Corta-se, sempre, no mínimo a 3cm acima do solo (3 a 10cm), para um bom rebrote das plantas. A colheita é variável, dependendo do número de cortes possíveis e do crescimento das plantas, ficando em 10/15t em 3 cortes de plantas verdes, que ficarão reduzidas a 2.5/3t de planta seca. Duração da cultura: após o 4º ano, a cultura deverá ser renovada. Operações pós-colheita: se a cultura destinar-se ao uso caseiro, a coleta é feita conforme as necessidades, seletivamente; se para o comércio de condimentos, deve ser imediatamente seca; se para destilação do óleo essencial, poderá ser feita com a planta verde ou a planta seca. O comprador irá informar se deseja o óleo da planta verde ou planta seca. Mercado: o mercado para os condimentos secos e para o óleo é bom, e os preços são compensadores, sendo, por isso, uma boa cultura se bem conduzida. Indústrias de condimentos geralmente são os maiores compradores. Uso da planta e do óleo essencial e teor de essência Como planta condimentar em carnes, embutidos, aves, copas, omeletes, saladas e como substituto do orégano em pizzas e outros pratos. Para uso em perfumaria, como aroma e fixador de perfumes. A porcentagem de óleo essencial na planta fresca fica em torno de 0,50%. Na planta seca, seu teor de óleo pode variar de 0,70 até 3%. Colaboração Rosa Lúcia Dutra Ramos - Bióloga - FEPAGRO (Porto Alegre, RS) - Abril, 2004 Referência CASTRO, L.O.; RAMOS, R.L.D. Descrição botânica, cultivo e uso de Origanum majorana L., manjerona e de Origanum vulgare L., orégano (LAMIACEAE). Porto Alegre:FEPAGRO, 2003.15p. (Circular Técnica,22) Fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/index.asp |
segunda-feira, 16 de maio de 2011
PLANTAS MEDICINAIS: MANJERONA
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