Nome popular | LOSNA |
Nome científico | Artemisia absinthium L. |
Família | Asteraceae |
Sinonímia popular | Absinto, artemísia, losma, gotas-amargas |
Parte usada | Folhas e flores |
Propriedades terapêuticas | Carminativa, diurética, colagoga, emenagoga, abortiva, antiparasitária, vermífugo, aperiente |
Princípios ativos | Tujona, flavonóides, ácidos fenólicos (cafeico), taninos, ácidos graxos, esteróis, carotenóides, vitaminas B e C, compostos azulênicos, metilcamazuleno. |
Indicações terapêuticas | Queimaduras, otites, micoses de pele, ulcerações na pele (tópico), feridas, anemia. |
Informações complementares Outros nomes populares Losna-maior, erva-santa, erva-dos-vermes, erva-do-fel. Nome em outros idiomas
É uma planta herbácea, medindo de 0,40 a um pouco mais de 1 metro de altura, perene; caule piloso (curtos e sedosos), folhas pecioladas, alternas trilobadas na base da planta, com segmentos lanceolados e obtusos; nas medianas são bilobadas e as próximas das flores são de margem inteiras; possuem cor esverdeada na parte superior e branco-prateada na parte inferior. As sumidades floridas estão em capítulos subglobosos, amarelos, agrupados em panículas. O epiderme é formado de células sinuosas, contém estomas nas duas faces; pêlos tectores, glândulas sésseis ou curtíssimamente pedunculadas; o mesofilo é heterogêneo. Características gerais Todas as partes da planta possuem sabor muito amargo e aroma muito forte. Crescem espontaneamente em locais pedregosos da Europa, Ásia e norte da África. No Brasil é cultivada em hortas e jardins em locais agrestes; produz melhor em climas temperados. Tem preferência por solos argilo-arenosos, mas cresce em todos os solos desde que permeáveis. A propagação é feita por divisão de touceiras com raízes, estacas de galhos ou sementes. Colheita: colhe-se as folhas preferencialmente antes da floração nas primeiras horas do dia. Em cultivos comerciais, corta-se toda a planta após dois anos. Princípios ativos Seu principal componente é um óleo essencial que varia de cor verde-azulada e amarelo-castanho composto principalmente de tujona e alfa e beta-tujona, representando uma porcentagem superior a 40% dependendo do período de colheita Mas foram identificados aproximadamente 60 compostos, mono e sesquiterpenos, muitos deles oxidados; estão presentes o linalol, 1,8-cineol, beta-bisabolol, alfa-curcumeno e espatulenol, nerol elemol. Possui lactonas sesquiterpênicas (do tipo guaianólidos) responsáveis pelo sabor amargo que são: a absintina(0,20-0,28%), artabsina, matricina e anabsintina. Possui outros constituintes identificados que são: flavonóides, ácidos fenólicos (cafeico), taninos, ácidos graxos, esteróis, carotenóides e vitaminas B e C. A cor azulada indica a presença de compostos azulênicos, metilcamazuleno e outros. O óleo essencial obtido das flores, principalmente no início da floração, contém mais tujona do que o óleo extraído das folhas. Atividade biológica A absintina tem propriedade amargo-estomáquica. Tujona: possui ação anti-helmíntica contra Ascaris lumbricoides, efeito estimulante do coração e musculatura uterina. Possui também ação antagônica para envenenamentos por narcóticos. Propriedades farmacológicas As preparações administradas por via oral produzem um aumento das secreções biliares, gástricas, devido a presença das substâncias amargas. Tem ação estimulante do apetite e favorece a digestão. O óleo essencial possui propriedades carminativas, espasmolítica, antibacteriana e fúngica. Segundo a Comissão E e ESCOP está indicada principalmente para a perda de apetite, dispepsia e distúrbios biliares, espasmos gastrointestinais e flatulência. Toxicologia da planta O óleo essencial da Artemísia (losna) puro não é recomendado para uso interno. Por conter tujona na sua composição é altamente tóxico. A intoxicação manifesta-se através de espasmos gastrointestinais, vômitos, retenção de urina por complicações renais severas, vertigem, tremores e convulsões. O uso prolongado do absinto (bebida alcoólica feita com a losna (A. absinthium) produz um efeito conhecido como abisintismo que se caracteriza por transtornos nervosos, gástricos e hepáticos podendo provocar perturbações da consciência e degeneração do S.N.C. Não deve ser usada por gestantes e crianças menores. Um trabalho publicado em 2002 na Itália confirmou os efeitos neurotóxicos da tujona, presente no absinto. A planta não dever ser usada continuamente e sem prescrição médica. Formas de utilização e dosagem Utilizar na forma de infusões; tinturas e extratos fluidos. Decocção para uso externo em feridas, úlceras de pele e compressas. Outros usos É muito utilizada na preparação de aperitivos amargos. Outros trabalhos Um trabalho publicado por Juteau F et al (2003) do óleo essencial da Artemísia Absinthium coletadas na França e Croácia testou a atividade antimicrobiana in vitro de Cândida albicans e Saccharomices cerevisae var. chevalieri. Outro trabalho feito no Canadá por Chiasson H et al (2001) está testando na A. absinthium a propriedade acaricida do seus óleos essenciais, principalmente pelo composto tujona. Uma outra espécie (Artemísia annua, L.) está sendo estudada por sua propriedade anti-malárica. História do absinto Planta conhecida na Antiga Grécia e pelos celtas e árabes com citações datada de 600 AC para tratamentos digestivos. O licor de absinto era muito conhecido e apreciado por poetas e artistas como Van Gogh, Toulouse-Lautrec, Artur Rimbaud, Degas, Manet, Baudelaire, Picasso e outros. Era conhecida com o nome de "fada verde" (líquido verde-esmeralda) e ao que estudos indicam, responsável pelo comportamento bizarro de Van Gogh. O consumo do licor de absinto está proibido na França desde 1915 e atualmente em outros países da Europa e Estados Unidos. Bibliografia
Ana Lúcia T. Lima Mota (Março, 2004) (Continuação) Outro nome popular Vermute Origem Ásia e Europa. Descrição do uso medicinal - Dosagem É a grande protetora do aparelho digestivo. A infusão de flores e folhas, essencialmente amarga, usada em pequenas doses, estimula as secreções gástricas, biliares e pancreáticas, aumentando o apetite e estimulando a digestão. Rica em ferro, atenua anemias. O chá forte é usado como vermífugo. Curiosidades Na Grécia Antiga esta planta era dedicada a Ártemis, deusa da fecundidade e da caça. Daí a origem de seu nome científico. Outros usos As propriedades aperitivas (estimulante do apetite), vermífugas e estomacais explicam o uso da planta no preparo do vermute e do licor de absinto, entretanto, vale lembrar que a presença de uma substância tóxica - a tuinona (tujona) - pode produzir efeitos altamente perigosos. Altas doses do chá e outros preparados a partir desta planta podem provocar tremores, convulsões, tonturas e até delírios. Não é recomendada para pessoas com problemas com úlceras e gastrite por estímular a salivação e a produção do suco gástrico. Colaboração Maria Cecilia Miranda (Março, 2004) Referência: Internet. Fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/index.asp |
segunda-feira, 16 de maio de 2011
PLANTAS MEDICINAIS: Losna
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