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sexta-feira, 13 de maio de 2011

PLANTAS MEDICINAIS: EQUINÁCEA

Nome popular EQUINÁCEA
Nome científico Echinacea purpurea DC.
Família Asteráceas (Compostas)
Sinonímia popular Equinácea, echinacea
Parte usada Partes aéreas, raízes
Propriedades terapêuticas Imunomoduladora; antiinflamatória; atividades sobre as vias respiratórias; antiinfecciosa; antioxidante.
Princípios ativos Glicosídeos do ácido fenilcarbônico, resinas, óleos essenciais, flavonóides, taninos, vitaminas.
Indicações terapêuticas Tratamento ou prevenção de infecções do trato respiratório superior; para uso tópico, apresenta atividade bacteriostática e fungistática sobre o Trichomona vaginalis e Candida albicans; sinusite.
Informações complementares
FOTOS
Echinacea purpurea Moench

Fonte
Echinacea pallida (Nutt) Britt.

Fonte

Nomes em outros idiomas


  • Coneflower (inglês)




  • Rudbeckie (francês)




  • Black Sampson, niggerhead, Sampson root, purple coneflower, hedgehog, red sunflower



  • Outras espécies
    Echinacea angustifolia Moench Echinacea pallida (Nutt) Britt.
    Descrição botânica
    Trata-se de uma erva perene, com altura média de meio metro. Raiz axonomorfa, talo delgado, aveludado. Folhas ásperas, lanceoladas ou lineares, opostas, inteiras, com largura entre 7,5 e 20 cm.
    Inflorescência solitária sobre um pedúnculo terminal, com pétalas radiais de 3 cm de largura, nas cores rosa purpúrea ou branca e com pétalas discóides eretas, de 3 cm de largura e de cor púrpura. Florescem desde meados do verão até o princípio do outono (Gruenwald et al., 2000).
    Origem
    Gramados, terras improdutivas e lugares abertos e secos. Aparece desde o sul do Canadá até o centro e leste dos Estados Unidos. É cultivada na Europa.
    Partes utilizadas
    E. purpurea: partes aéreas da planta fresca, colhidas na época da floração; ou raízes frescas ou secas, colhidas no outono.
    E. angustifolia: raízes frescas ou secas coletadas na floração.
    E. pallida: partes aéreas fresca e secas, colhidas na época da floração.
    A equinácea precisa de três a quatro anos para que suas raízes tenham utilidade medicinal.
    Princípios ativos

    A composição química varia de uma espécie de equinácea para outra. Glicosídeos do ácido fenilcarbônico: equinaceína, cinarina e equinacosídeo (formado por glicose, ramnose, ácido cafeico e benzocatequina-etil-álcool); resinas, contendo ácidos graxos (oléico, linolênico, cerotínico e palmítico) e fitoesteróis; óleos essenciais na parte aérea: humuleno, burneol, burnil acetato, germacreno D, cariofileno, canferol; mucopolissacarídeos ou heteroglicanos: arabinose, xilose, galactose e ramnose; alcalóides pirrolizidínicos: tussilagina e isotussilagina; polissacarídeos: inulina, betaína; minerais: zinco e enxofre; equinolona; ácido chicórico (presente nas folhas e nas raízes); triterpenos; ácidos orgânicos: clorogênico e isoclorogênico; flavonóides; taninos; vitaminas: timina e riboflavina.
    Histórico
    O termo equinácea vem do grego e significa ouriço, em alusão à forma pontiaguda das brácteas. Era utilizada pelos índios nativos americanos, que a chamavam de ek-ih-nay-see-uh, para tratar ou prevenir doenças infecciosas e tumorais, e também para neutralizar os efeitos tóxicos de mordidas de serpentes ou animais venenosos. Os índios Sioux foram os primeiros que reconheceram na equinácea seu uso como antídoto contra a raiva, muito tempo antes de Pasteur.
    Os nativos Meskwakis utilizavam a raiz ralada como antiespasmódico e os Cheyennes a mastigavam como parte do ritual da Dança do Sol. Nas culturas indígenas e dos primeiros colonizadores americanos, a planta era fumada para combater cefaléias (dores de cabeça), sendo sua fumaça soprada nas narinas de cavalos enraivecidos com a finalidade de acalmá-los.
    Os feiticeiros lavavam as mãos com o suco de equinácea antes de mergulhá-las em água fervente. Índios da tribo winnebago utilizavam a equinácea antes de colocar um carvão em brasa na boca. A raiz mastigada era utilizada, também, para as dores de dentes, aumento de gânglios, como na caxumba e seu suco era aplicado sobre queimaduras e feridas. Foi introduzida na Inglaterra em 1.699, cujos colonos adotaram como remédio para quadros gripais e resfriados.
    Em 1.890, a Lloyd Brothers tornou-se a primeira companhia norte-americana a exportar a equinácea para o mercado europeu. No final daquele século, a Farmacopéia Norte-americana considerou a tintura de equinácea um imunomodulador.
    Na década de 30, Gerhard Madaus (fundador do Laboratório Dr. Madaus & Co. da Alemanha), em visita aos Estados Unidos, interessou-se pela planta e levou diversas sementes para iniciar um cultivo em seu país. As sementes adquiridas de uma empresa em Chicago eram de Echinacea purpurea Moench, razão pela qual existem inúmeros estudos desta espécie naquele país (Foster, 1999).
    O gênero Echinacea, conhecida como "antibiótico natural", contendo como espécies conhecidas a Echinacea pallida (Nutt) Britt., Echinacea purpurea Moench e Echinacea angustifolia DC, é o mais estudado e utilizado como imunoestimulante. É uma planta originária da América do Norte, mas cujos maiores estudos vêm da Alemanha, país onde o uso de plantas medicinais é o maior do mundo. A Austrália também se encaixa entre os grandes consumidores de Echinacea.
    Contra-indicações
    Tem havido algumas confusões quanto às contra-indicações e aos efeitos colaterais listados nas monografias, principalmente no que diz respeito as preparações injetáveis. As contra-indicações para preparações de equinácea em casos de HIV positivo ou de SIDA, tuberculose, leucose, colagenose, esclerose múltipla, têm sido mal interpretadas ao afirmar que o uso da equinácea pode exacerbar tais condições.
    Bibliografia
    1. ALONSO, J.R. Tratado de Fitofármacos e Nutracêuticos, Argentina, Corpus Libros, Argentina, 2004, p. 445-451
    2. BLUMENTHAL, M., The ABC Clinical Guide to Herbs, American Botanical Council, Austin Texas, p. 85-96
    3. FOSTER, S. Echinacea - Nature´s Imune Enhancer, 1ª edição, Rochester, Healing Arts Press, 1991
    4. FOSTER, S. Echinacea: an herb for all seasons, Herbs for health, 1986
    5. FOSTER, S., TYLER, Varro E., Tyler´s honest herbal, The Haworth Herbal Press, 4th edition, New York, 1999
    6. GRUENWALD, J., BRENDLER, T., JAENICKE, C. et al., P D R for Herbal Medicines - The Information Standard for Complementary Medicines, 2ª edição, Thomson Medical Economics at Montvale, 2000, 858 p.
    7. READER´S DIGEST Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais, 1ª edição revisada, Rio de Janeiro, Reader´s Digest Livros, 2001
    Colaboração
    Débora Gikovate, Bióloga, Especialista em Plantas Medicinais (São Paulo, SP), janeiro de 2005.
    Fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/index.asp

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