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segunda-feira, 16 de maio de 2011

PLANTAS MEDICINAIS: SÁLVIA

Nome popular SÁLVIA
Nome científico Salvia officinalis L.
Família Labiácea
Sinonímia popular Salva, chá-da-Grécia
Parte usada Sumidades floridas
Propriedades terapêuticas Antiespasmódica, antioxidante
Princípios ativos Flavonóide, triterpenos, ácido oleânico, diterpenos, óleo essencial, limoneno, pineno, humuleno, linanol livre e esterificado, bornil
Indicações terapêuticas Higine bucal e vaginal, distúrbios estomacais, astenia, diminui a transpiração, regula a menstruação,
Informações complementares Descrição
É um subarbusto com as hastes quadradas e muito ramificadas, com folhas verdes, oblongas, lanceoladas, sendo as de baixo pecioladas e as superiores menores e sésseis.
As flores são quas sempre violetas (há algumas brancas) agrupadas de três em três em cada verticilo. Possui frutos (4) indeiscentes, secos, uniloculares, monospermos (aquênios) e que resulta de um só carpelo. Planta mediterrânea, é bastante cultivada no mundo em jardins por seu uso na culinária.
Na França os produtos comerciais com sálvia usam indistintamente a sálvia de Espanha (S. lavandulifolia Vahl), a sálvia esclarada (S. sclarea L) e a s. officinale, oficial (esta que descrevemos e que é conhecida também como chá-da-Grécia), por terem as três quase os mesmos princípios ativos.
Princípios ativos
É rica em flavonóide (3%) que nas Labiáceas como ela é um derivado luteolol por substituição de hidróxi e metóxi no carbono 6; tem triterpenos derivados do ursano (ácido ursólico quase sempre); tem ácido oleânico, diterpenos (carnosol, manool, rosmanol, lactona do éter metílico, ácido carnósico e ácidos fenóis: rosmarínico), óleo essencial caracterizado por ter cânfora, cineol e cetonas monoterpênicas bicíclicas como as tuionas (são quase 60% do óleo); limoneno, pineno, humuleno, linanol livre e esterificado, bornil.
A sálvia de Espanha não tem tuionas e o cineol e a cânfora são os mais comuns, e a outra sálvia citada é rica em linalol (de 10 a 30- %) e esclareol, um diterpeno usado na indústria de perfumes.
Validada pela presença de tuiona que dá cor vermelha em presença de hidróxido de sódio.
Uso medicinal
Usa-se a planta toda mas principalmente as sumidades floridas e as folhas, colhidas quando as hastes começam a florir.
Tem a fama de ser panacéia (curar tudo, de salva, salvar, curar), mas a experimentação não confirma tudo o que dizem dela. A ação antiespasmódica do extracto hidro-alcóolico é comprovada por estudo em íleo de cobaia sob estimulação elétrica.
Também é antioxidante (pelos diterpenos e ácido rosmariníco que possui).
É usada localmente para higine bucal e vaginal (há creme dentifrício que a contém) e oralmente para distúrbios estomacais, como estimulante geral, em astenia, e para diminuir a transpiração.
Usa-se também para regular a menstruação.
Os livros citam ainda a S. triloba L / S. fruticosa Mill, com muito cineol, cânfora, borneol, terpinol e só sete por cento de tuona. As folhas são pouco diferentes e a S. pratensis, L.

Dosagem indicada
Sob a forma de infusão recomendam-se folhas de salva (pode-se juntar teutrica), cinco gramos (de cada, se for o caso), 50g de água fervente.
Se preferir fazer um vinho: 80g de salvia em um litro de vinho. Macera-se oito dias e tomam-se três colheradas de sopa após as refeições.
Também pode-se tomar 100g de folhas de sálvia, sumidades floridas de tasneirinha e vinho branco (falamos da tasneirinha quando comentamos sobre plantas emenagogas).
Para regrar os ciclos menstruais exemplificamos duas fórmulas de supositórios: extrato hidroalcóolico de salva, 0,25 g em 5 g de manteiga de cacau, ou segundo a fórmula universal de Garnier:
  • extracto fluido de salva (2g),
  • 0,10g de extrato fluido de Solano (erva moura, comentada no livro),
  • ungüento popúleo 1g,
  • 3g de manteiga de cacau,
  • cera branca em QSP,
duas vezes ao dia. Toxicidade
Embora o extrato hidro-alcóolico seja pouco tóxico, o óleo é neurotóxico pela presença das Alfa e beta-tuionas: pode dar crises convulsivas pós hipersalivação. Vômitos foram relatados. Há quem diga que o campferol também pode ser responsabilizado por estas ações indesejáveis.
Referência
FRANCO, L.C.L.; LEITE, R. C. Fitoterapia para a mulher. Corpomente, Curitiba, 375p. 2004.
O livro abrange assuntos como amamentação, miomas, leucorréia, esterilidade, distúrbios menstruais, climatério, frigidez, mostrando as plantas que atuam nestas patologias.
Colaboração
Dr. Luis Carlos Leme Franco (Curitiba, PR).
Fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/index.asp

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