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terça-feira, 3 de maio de 2011

PLANTAS MEDICINAIS: BARDANA


Nome popular
BARDANA
Nome científico Arctium lappa L.
Fotos ampliadas 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6
Família Compostas
Sinonímia popular Gobô, orelha-de-gigante, bardana-maior
Sinonímia científica Lappa major Gaert. , Arctium majus Bernh.
Parte usada Raiz e folha
Propriedades terapêuticas Depurativa, diurética (eficaz eliminador do ácido úrico), colerética, laxativa, diaforética, anti-séptica, estomáquica, antidiabética, atua nos casos de insuficiência hepática, dermatoses, antibiótico externo principalmente para bactérias gram-positivas
Princípios ativos Óleo essencial até 0,2%, polifenóis, inulina 40 a 50%, mucilagens, lapatina, taninos, sais minerais, princípio antibiótico, ácido clorogênico, vitaminas do grupo B e A, fuquinona, glicosídeos, resina, cálcio, potássio, magnésio, princípio amargo
Indicações terapêuticas Purificador do sangue, afecções reumáticas, queda de cabelo, picadas de insetos, torções, hemorróidas, enfermidades crônicas da pele, acnes, eczemas, pruridos, seborréia da face, herpes, vesícula inflamada, cálculo biliar, hepatite viral, cirrose
Informações complementares

Outro sinônimo científico

Lappa tormentosa Lam.

Outros nomes populares

Erva dos tinhosos, pergamasso, pegamasso, pegamassa, carrapicho grande, carrapicho-de-carneiro, labaça, pega-pega, carrapichão

Nome em outros idiomas

  • Alemão: Grosse Klette
  • Espanhol: lampazo mayor
  • Francês: grande bardane
  • Inglês: great burdock, clot bur, beggars buttons
  • Italiano: bardana

Origem

Européia, sendo muito comum no Japão, Portugal, França, Itália. Naturalmente na América do Sul, nasce espontaneamente até a Argentina e está bem aclimatada no Brasil.

Uso medicinal

Conhecida desde a antiguidade na medicina caseira, nunca tendo sido contestada ao longo dos séculos. As raízes e as folhas tenras podem ser utilizadas como alimento, podendo a raiz também ser consumida crua. Na Europa as folhas e brotos novos são consumidos como verdura e no Japão é cultivada uma variedade para produção de raízes comestíveis.
No Brasil tem um crescimento vigoroso, sendo considerada uma espécie daninha em pomares e terrenos baldios no sul do Brasil. Antigamente era utilizada em mistura com outras ervas, para clarear a pele, a bardana tem hoje aplicações como depurativo e cicatrizante.
O decocto de suas raízes é eficaz, como purificador do sangue, em doenças reumáticas, afecções reumáticas, afecções renais e distúrbios digestivos. Externamente, prepara-se com elas uma pomada para eczema e uma loção para evitar a queda de cabelo.
Um cataplasma das folhas frescas alivia as dores provocadas por picadas de insetos, torções e hemorróidas, e a sua infusão serve para limpar feridas e inflamações cutâneas.
O extrato das sementes e também suas infusões ou decocções são especialmente indicados para a cura de enfermidades crônicas da pele.
As folhas esmagadas e aplicadas diretamente sobre a epiderme tem uma ação bactericida e anti-micótica que a torna um remédio eficaz contra inúmeras doenças de pele, como dermatoses úmidas e purulentas, acnes, eczemas, pruridos, tinha, seborréia da face ou do couro cabeludo e herpes simples.
O óleo de bardana é considerado um estimulante capilar.
Na medicina chinesa empregam-se as sementes para aliviar os males do "ar e do calor".

Dosagens indicadas

Depurativo (furunculose), diurético (eliminador de ácido úrico), colerético (aumenta o fluxo biliar), laxativo.
Coloque 1 colher (sopa) de raiz fatiada em 1 xícara (chá) de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos. Mantenha em maceração por 10 minutos e coe. Coma a raiz cozida e tome 1 xícara (chá) 3 vezes ao dia, fora das principais refeições. Depurativo 2 (infusão). Em um recipiente misturar as seguintes ervas previamente picadas:
  • 60g de raiz de bardana
  • 25g de raiz de alcaçuz
  • 50 g de dente de leão
  • 40g de gramínea (Agropyrum repens)
  • 20g de chicória
Verter uma colher desta mistura em uma xícara de água fervente. Beber pela manhã em jejum sem adoçar. Dermatoses úmidas e purulentas, acne, eczema, pruridos, seborréia da face ou do couro cabeludo.
Coloque 2 colheres (sopa) de folhas frescas fatiadas em 1 xícara (chá) de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos. Coe e acrescente 1 colher (chá) de mel e 3 gotas de própolis. Faça aplicações no local afetado, na forma de compressas, 2 vezes ao dia.
Furunculose.
Coloque 6 colheres (sopa) de raiz fatiada em 1 garrafa de vinho branco. Deixe em maceração por 8 dias e coe. Tome 1 cálice antes das principais refeições.
Juntamente com a cura depurativa, pode-se seguir uma cura externa. Em uma xícara de água ferver uma colherada de raiz de bardana triturada. Quando a água tiver evaporada, estender o cataplasma sobre a região afetada. Obtém-se alívio imediato à dor e desaparece também a inflamação.
Depurativo, diurético, antidiabética.
Coloque 2 colheres (sopa) de raiz picada em 1 xícara (chá) de álcool de cereais a 70%. Deixe em maceração por 10 dias e coe. Tome de 10 a 15 gotas ou 1 colher (café), diluído em um pouco de água, de 2 a 3 vezes ao dia, antes das principais refeições.
Diurético 2 (infusão).
Colocar em três xícaras de água fervente, 30g de raízes de bardana, deixando em infusão por 30 minutos. Coar o líquido e bebê-lo em duas vezes durante o dia.
Insuficiências hepáticas (vesícula inflamada, cálculo biliar, hepatite viral e cirrose).
Coloque 1 colher (sobremesa) de raiz fatiada e 1 colher (sobremesa) de folha de alcachofra fatiada em 1 xícara (chá) de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos, espere amornar e coe. Tome 1 xícara (chá), 3 vezes ao dia, sendo uma de manhã, em jejum, e as demais meia hora antes das principais refeições.
Úlceras e chagas (cataplasma 1).
Aplicar sobre o local afetado um cataplasma feito com uma folha fresca de bardana esmagada, depois de lavada e enxuta.
Cataplasma 2: as folhas depois de picadas e passadas na clara de ovo servem como um cataplasma que acelera a cura e cicatrização.
Queda de cabelos.
Contra a queda dos cabelos é muito eficaz a decocção obtida com 10g de raiz de bardana cortada em pedaços bem pequenos, cozidas em pouca água. Quando a raiz estiver suficientemente amolecida, deve ser esmagada para ser reduzida a uma papinha, com a qual se fricciona o couro cabeludo 1 vez ao dia.
Hemorróidas (cataplasma).
Cozinhar em uma panelinha um punhado de folhas frescas lavadas e enxutas, com pouco de leite. Quando o leite estiver totalmente evaporado, colocar as folhas cozidas em uma gaze limpa e aplicar o cataplasma sobre a região afetada.
Artrite (cataplasma).
Contra as dores agudas das articulações atingidas pela artrite, obtém-se alívio através dos cataplasmas feitos com folhas frescas, esmagadas, aplicadas sobre a região afetada com uma gaze.

Uso culinário

Os talos das flores devem se colhidos antes que as flores se abram, e comidos refogados ou crus temperados com vinagre e óleo. Pode também ser utilizada refogando-se folhas e brotos tenros com espinafre. Apenas lembre que estes talos são laxativos. As raízes são altamente nutritivas e estimulantes do sistema nervoso. Os japoneses apreciam muito consumir "gobô", nome que dão à bardana. Eles coletam raízes jovens, aproximadamente com 60 cm, e ralando-as, as usam refogadas em sopas ou consomem cruas. São preparadas também como batatas.
Molho de bardana
  • 1/2 copo de raiz de bardana finamente picada
  • 1 copo de vinagre de maçã
  • 1/2 copo de iogurte
Deixe as raízes de bardana no vinagre por cerca de 5 minutos. Processe então e adicione o iogurte. Sirva com batatas ou legumes.

Curiosidades

O nome genérico vem do grego Arktos, um urso. A planta possui flores que soltam falsos espinhos que aderem à roupa e ao pêlo dos animais.

Bibliografia

  • Plantas medicinais - Jan VoláK & Jirí Stodola
  • Heilpflanzen - Manfred Bocksch
  • Plantas que ajudam o homem - Dr. José Caribe & Dr. José Maria Campos
  • Medicinal Plants - Roberto Chiej
  • Plantas Medicinales -Grau/Jung/Münker
  • Plantas Medicinais - François Balmé
  • Plantas y Flores Medicinales /1 - Aldo Poletti
  • Geheimnisse und Heilkräfte der Pflanzen - Reader´s Digest
  • Plantas que curam - Sylvio Panizza
  • Plantas Medicinales - Pío Font Quer
  • The illustrated herb encyclopedia - Kathi Keville
  • Las plantas medicinales - Penelope Ody
  • Plantas que curam - Editora Três
  • Plantas Medicinais no Brasil - Harri Lorenzi & F.J. Abreu Matos
  • Fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/ver_1pl.asp

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